quinta-feira, 16 de julho de 2015

HISTORIA DE VOVÕ AMBROSIO

"Faz caridade Fio" (por vovô Ambrósio).Faz caridade fio, faz caridade fio!
Assim era as fala do negro Ambrósio através do aparelho mediúnico que lhe servia de canal para fazer proseador.
Não era a primeira que aquele consulente ouvia esse conselho do Pai Velho, já havia se passados oito meses desde o primeiro dia que aquele senhor tinha adentrado ao terreiro, passando a fazer parte da assistência, sempre voltando ao negro Ambrósio para tirar suas duvidas.
Naquele dia ele estava decidido. Iria perguntar ao Velho porque toda vez que falava com ele escutava o mesmo conselho? Será que como espírito não estava vendo que ele já estava fazendo sua parte?
Esperou ansioso a sua vez. Aquela noite seria especial, seria diferente das outras, aquele encontro marcaria uma nova etapa no caminhar daquele senhor.
Como sempre fazia, mais por repetição do que mesmo por convicção, se ajoelhou diante do negro Ambrósio e foi dizendo:
- Benção vô Ambrósio, hoje venho lhe pedir uma explicação para melhor entender o que o senhor me diz.
- Oxalá te abençoe meu fio! Negro Ambrósio fica feliz com sua presença e gosta de fazer proseador com todos os fios que aqui vem.
- Meu vô, como o senhor mesmo sabe já faz algum tempo que venho a essa casa e falo com o senhor. Como já lhe disse não tenho uma situação financeira ruim, ao contrário, nunca tive problemas dessa ordem o que sempre me facilitou uma vida com fartura e bem-estar desde a infância.
- Certo meu fio, negro Ambrósio já tem cunhecimento de tudo isso que suncê falou. 

- É meu vô, por essa razão gostaria de lhe perguntar porque o senhor toda vez que fala comigo me aconselha a fazer a caridade? O senhor não já sabe que faço isso todo mês entregando gêneros alimentícios aos que estão carentes? Além do que, na minha empresa mantenho uma creche para os filhos dos meus empregados para que assim possam trabalhar com mais tranqüilidade. Por isso gostaria que me explicasse o porquê desse conselho, dentro da minha consciência cumpro com meu compromisso.
- É verdade meu fio, tudo isso que suncê falou pra negro veio, faz parte de seu compromisso e fio cumpre direitinho sua parte. Porém fio esse compromisso faz parte de seu social. Suncê alimenta o corpo material que precisa de sustentação pra ficar de pé, pois se não for assim fio tem prejuízo, só que o fio também precisa distribuir o pão espiritual e assim fazer a caridade.
- Não entendi meu vô seja mais claro? Que caridade espiritual é essa?
- É a mesma que esse meu aparelhinho faz aqui no terreiro. Suncê precisa assumir sua condição de médium.
Espantado, disse o senhor: como é que é vô Ambrósio o senhor está me dizendo que tenho compromisso com a mediunidade na Umbanda é isso?
- É isso sim, meu fio. Suncê tem compromisso com essa banda.
Ante as muitas verdades que ele já tinha ouvido, nunca uma afirmação estava tanto a lhe remoer a alma. Como seria possível? Achava bonito a Umbanda, gostava do cheiro das ervas e do cachimbo dos vôs, mais daí então a ser médium era demais para ele.
Mesmo de forma acanhada buscando aparentar tranqüilidade aquele senhor disse ao vô:
- Meu vô acho que há um equívoco, pois nunca senti nada a respeito da mediunidade.
- Num sentiu porque se prende e que não quer dizer ou suncê acha que nego veio não vê o companheiro de Aruanda que lhe acompanha e que hoje está dando autorização pra fazer esse conversado? Meu fio diz que gosta do cheiro das ervas e desse terreiro - o que é uma verdade - mas o que fio não se vê é dobrando o corpo para prestar a caridade, deixando assim que seu Pai Preto também lhe traga lições para seu caminhar. Então meu fio, enquanto suncê não entender, nego veio vai continuar repetindo o conselho: faz caridade fio, faz caridade fio! Mesmo que tenha que arrepetir isso por muitas veis, pois água mole em pedra dura fio, tanto bate inté que fura. Olha fio! Eu tenho um compromisso moral com esse companheiro de Aruanda que te acompanha e te agaranto que não será de minha parte que não será cumprido.
Pensa no que esse veio te falou e dispôs vem prosear novamente, pois o passo de veio é miudinho e devagarzinho, só tem uma coisa fio: o tempo corre e espero que suncê queira aproveitar enquanto tá desse lado de cá!

Aquele senhor se levantou da frente de negro Ambrósio sem dizer mais nenhuma palavra, seria preciso tempo para digerir tudo que ele tinha ouvido.
Oito meses se passaram depois daquela prosa, ninguém no terreiro tinha visto novamente aquele senhor na assistência.
Era 13 de maio, gira festiva de preto velho, os trabalhos tinham se iniciado. Negro Ambrósio olhava para a porteira do terreiro como se estivesse a esperar por alguém e assim cantarolava “acorda cedo meu fio, se com velho quer caminhar, olha que a estrada é longa e velho caminha devagar, é devagar, é devagarinho quem anda com preto velho nunca ficou no caminho”. Acostumados com a curimba os filhos da corrente repetiam os versos sem perceber que naquele dia a entonação estava mais dolente. Mais um filho de Zambi venceria uma etapa, mais um seria libertado. 
E foi olhando para a porteira que negro Ambrósio viu aquele senhor adentrar no terreiro, com os olhos rasos d’água e de joelhos se postar assim dizendo: Vô Ambrósio se é verdade que tenho essa tal mediunidade aqui estou para aprender a fazer caridade, nesses 8 meses minha vida perdeu a alegria, relutei muito para chegar aqui novamente e não nego que fugi por vergonha se ainda houver tempo...
Aquele senhor nem chegou a ouvir a resposta do negro Ambrósio. Do seu lado já se encontrava um negro que de forma doce e amorosa assim falou: Meu fio a quanto tempo espero por esse momento, por esse reencontro. Vamos trabaiá meu fio nas bênçãos de Zambi e na fé de Oxalá!
Diante dos filhos daquela corrente, aquele homem branco, de olhos claros, quase translúcidos, alto, dava passagem nesse momento a mais um preto velho e foi curvando aquele corpo que se ouviu a voz da entidade assim dizer: Bendito e louvado sejam o nome de nosso Pai Oxalá! Saravá negro Ambrósio! Pai Joaquim das Almas se faz presente nesse Gongá!
- Saravá Pai Joaquim!
E daquele dia em diante mais um filho começava a sua caminhada. Mais um chegava a corrente da casa. Mais uma estrela passou a brilhar nos céus de Aruanda!

Saravá Preto!!!

PAI BENEDITO DA CACHOEIRA

te Perguntas a cachoeira!
Que cachoeira é essa que descansa meus olhos?
Que cachoeira é essa que mata minha sede?
Que brisa é essa que leva as gotas para a vegetação?
Que barulho é esse que me acalma e tranqüiliza?
Que aroma bom é esse?
Que água tão limpa é essa? 
Quem é aquele velhinho sentado na pedra perto da cachoeira?

Temos somente a resposta da ultima pergunta:
É PAI BENEDITO DA CACHOEIRA
Bondoso velhinho sentado em uma pedra a beira da cachoeira, sua pemba em meu corpo cicatriza as chagas de meu orgulho, suas mãos cansadas tocam meu sentimento e contornam minha mente, sua sabedoria esta na compreensão dos pedidos dos irmãos, sua reza guiam meus pés aos bons caminhos, protegidos pela sua doce imantação, minhas mãos estendidas em suplicas são tão pequenas quanto as luzes refletidas de seu corpo: Os ventos sopram as lagrimas transbordadas dos seus olhos sendo recolhidas e conduzidas por Mamãe Oxum derramando-as nas águas da cachoeira, regando as flores de alfazema.
Pai Emidio de Ogum.

Que Oxalá nos abençoe sempre

Saravá  .'.

Historias de um preto velho

História de um Preto-Velho

Noite na senzala. Os escravos amontoam-se pelo chão arranjando-se como podem. Engrácia entra correndo e vai direto até onde Amundê está e o sacode: - A sinhazinha está chamando, é urgente! - O Escravo é conhecido pelas mezinhas e rezas que aplica a todos seus irmãos e o motivo do chamado é justamente esse. O filho de Sinhá Tereza está muito doente. É apenas uma criança de cinco anos e arde em febre há dois dias sem que os médicos chamados na corte consigam faze-la baixar. Sem ter mais a quem recorrer, no desespero próprio das mães, resolveuseguir o conselho de sua escrava de dentro e chamar o africano. Aproveitando a ida de seu marido à cidade, ele jamais concordaria, manda que venha. Sabendo do que se tratava o homem foi preparado. Levou algumas ervas e um grande vidro com uma garrafada feita por ele e cujos ingredientes não revelava nem sob tortura. Em poucos minutos adentram o quarto do menino e Amundê percebe que precisa agir com presteza. Manda que Engrácia busque água quente para jogar sobe as ervas que trouxe enquanto serve uma boa colherada do remédio ao garoto. Dentro de uma bacia coloca a água pedida e vai colocando as folhagens uma a uma enquanto reza em seu dialeto. Ordena que desnudem a criança e carinhosamente a coloca dentro da bacia passando-lhe as ervas no pequeno corpo. Nesse instante a porta se abre e surge o Sinhô Aurélio acompanhado do padre da cidade. Tereza grita e corre até o marido desculpando-se. O padre dirige-se a ela com ferocidade: - Como entrega seu filho a um feiticeiro? - dirigindo-se ao marido - Diga adeus ao menino, após passar por essa sessão de bruxaria ele morrerá sem dúvida! Tereza corre até o filho e o cobre com um cobertor enquanto o marido ordena que o escravo seja levado imediatamente ao tronco onde o capataz aplicará o castigo merecido. - Engrácia, acorde todos os negros para que vejam o fim que darei ao assassino de meu filho! Todos reunidos no grande terreiro ouvem a ordem dada ao capataz: - Chibata até a morte! E vocês - aponta todos os escravos - saibam que darei o mesmo fim a todos que ousarem chegar perto de minha família novamente. As chibatadas são dadas sem piedade, Amundê deixa escapar urros de dor entremeados com rezas o que somente aguça a maldade do capataz. Lágrimas copiosas correm pelas faces de muitos escravos. Após duas horas de intensa agonia onegro entrega sua alma e seu corpo retesa-se no arroubo final, finalmente descansará. O silêncio do momento é cortado por um grito vindo da principal janela da casa grande: - Aurélio, pelo amor de Deus - é Tereza com o filho nos braços - o menino está curado, a febre cedeu e ele está brincando! Assim morreu Amundê conhecido em nossos terreiros como o velho Pai Francisco de Luanda.


Que Oxalá nos abençoe sempre

Vovó Benta

Breve História de Vovó Benta


Negra esbelta, de sorriso sorrateiro e conquistador, de requebrado insinuante, andava pelo casarão deixando no ar o cheiro do manjericão. Cantarolando, sempre faceira atiçava o desejo, nos negros e também nos brancos. Não passou despercebida do olhar do patrão, sinhozinho cujos dotes de beleza também assanhavam aquela negrinha. E assim, depois de uma primeira vez, foi inevitável que todas as noites ele a procurasse na senzala. Não era só um desejo, mas além do corpo que ardia ao vê-la, seu coração estava emaranhado num sentimento ao qual ele negava.
Foram anos de encontros furtivos, aos quais a sinhazinha fingia não ver. E muitos abortos, num dos quais a negrinha desencarnou.
Haveria de renascer em muito pouco tempo no mesmo lugar. Negrinha doente, que sobreviveu à morte da mãe no parto. Muito cedo aprendeu a benzer e ali estava uma negra curandeira. Parteira requisitada, não tinha hora para atender, até o dia em que, para salvar uma escrava das mãos do feitor, levou uma paulada nas costas e aleijou. Andou o resto de sua vida agachada e com fortes dores, mas nem por isso deixava de salvar vidas. Desencarnou cega e arqueada, porém feliz.
Mas havia muito a ressarcir na contabilidade do céu. Por isso, juntou-se às bandas de Aruanda e como preta velha desce à crosta para ajudar a curar e aconselhar. Precisou de um aparelho cujo comprometimento fosse adequado às suas energias, para que juntas possam aprender que é curando as feridas alheias, que as nossas cicatrizam.
De galho verde na mão e muito amor no coração, Vó Benta visita seu aparelhinho, baixando-lhe as costas e transferindo um pouco da dor que sentiu na carne para que este saiba que a humildade se faz necessária. Seu alvo avental, ao final do trabalho está sempre cheio de nós, que ela faz, para desfazer aqueles que os filhos de fé trazem até ali. No final da noite, junta-se aos irmãos e volta para Aruanda, até que a próxima lua a traga novamente cantando:

 Vem chegando Vovó Benta**
Benzedeira de Aruanda
Com seu galhinho de Arruda
Vem benzer filho de Umbanda....

* Leni Winck Saviscki, autora dos causos que compõem este capítulo, médium que manifesta o espírito que se apresenta como Vovó Benta – Benfeitora Espiritual** que atua na linha dos Pretos  Velhos

História de Pai João

 “Saiba, ó filho meu...
Que existiu uma época muito distante, em que o calendário não registrou nos anais da história da terra, um povo entre as diversas raças humanas que passaram, como estrelas espalhadas no firmamento, sábio e culto, filosófico e sonhador...
Sonhavam em retornar ao seu lar sidério, situado entre as estrelas da constelação do Cocheiro...
e por isso, os mais dotados espiritualmente, insistiam em olhar o céu e suspiravam de saudade...
A lua com seu raio argênteo, espraiava-se sobre as encostas setentrionais daquela região onde hoje se encontra Madagascar, há muitos e milhares de anos...
O homem sagrado bordejava a orla do mar, e em seu caminhar contemplava a imensidão dos astros notívagos e suspirava com seu olhar marejado, as constelações como se quisesse ler no misterioso livro do céu o futuro de seu povo...
Alto e esguio, de compleição delicada, olhos brilhantes e profundos, Nalmyskar, o sacerdote do templo de Obhaluayê perscrutava as conjunções do céu para compreender os vaticínios que chegaram através de seus sonhos, com relação aos acontecimentos prestes á desabar sobre seu país...
Com seu cajado na mão direita, permanecia de pé ao som do mar e á luz dos espaços infinitos, e assim permaneceu por longas horas, em contemplação silenciosa...
Revia o sonho e cada parte triste...o povo inteiro seria colocado á prova por desprezar a grande lei de zambi! E agora os Araxás através de seus sonhos anunciavam a grande tragédia que se abateria sobre todos como remissão dos pecados...
A sabedoria milenar há muito fora deturpada por sacerdotes corrompidos, que se deixaram levar pelos ouropéis e vaidades humanas, patrocinando verdadeiras orgias, descambando para a magia negra...
Triste sina de um povo que já foi a aurora de uma civilização grandiosa!
Muitos serão banidos, degredados, irão para longe de seus lares, como escravos de uma raça que não tardaria em surgir no horizonte, em busca de conquista e ouro.
Famílias inteiras separadas, genocídio, depravação e miséria seria o castigo deste povo orgulhoso e vingativo que ousou contrariar as leis sagradas dos Araxás...a sagrada lei de zambi!
Os grandes e brilhantes olhos do sacerdote derramavam copiosas lágrimas, vertidas de seu coração sincero, pois guardava as leis sagradas e vivia de acordo com os mais altos ensinamentos de sua escola de iniciação. Sabia que voltaria para seu lar sidério, para a sua amada estrela situada na constelação do Cocheiro, mas e o seu povo? Voltaria á vê-los? Aqueles que ficavam, que atraíram para si os olhos enérgicos dos Araxás?
Enquanto assim permanecia, não percebeu sublime Entidade postada á seu lado, que lhe observava com profundo amor e carinho.
Uma brisa fresca roçou seu rosto magro e escuro como ébano, e uma voz se fez ouvir, como que vinda da distância que ele mesmo contemplava da sua saudosa estrela...
“...Nalmyskar! o grande Zambi te abençoa através dos sagrados Araxás!
Trago-te a promessa de que, tão logo seu povo sinta o braço pesado e longo do carma, você retornará para cumprir missão junto aos teus mais caros afetos!
Numa terra que ainda está por ser descoberta, muito além mar, tu irás voltar para o seio do povo que tanto amas, e assim auxiliá-lo na difícil missão de retornarem aos braços de Zambi, através da dor e do sofrimento. Os Grande Senhores da Aumbhandhã, os Mestres da Luz Primaz ouviram tuas preces, abençoado sacerdote, pois que tu guardaste a lei de Zambi em seu coração!
Retornarás  como Guia de uma futura religião que está para nascer nas terras do Cruzeiro do Sul,e inspirarás com teu exemplo de humildade os teus filhos deserdados...
Serás conhecido como Pai João do Congo por muitas gerações que te sucederão ao longo da jornada que ora se inicia em tua experiência íntima, e terás a alegria de ver voltar ao aprisco do amor de Zambi muitos de teus filhos desgarrados, que com teu amor, com tua dedicação e humildade irás inspirar aos dias melhores no futuro...
Por agora descansa, prepara teu espírito para as horas amargas que se abaterão, logo que a lua mude seu ciclo, para alertar mais uma  vez teu povo das severas lições que lhe aguardam! Paz e Luz, Nalmyskar, abençoado dos Araxás!”
Com os olhos marejados, e profundamente emocionado, o velho sacerdote retornou a passos lentos em direção de sua aldeia, enquanto a lua, em seu zênite parecia compartilhar com a tristeza do velho ancião...
  (João B.G.Fernandes)

EXU DAS MATAS


Guardião chefiado por Exu Rei das Matas. Comanda todos os Exus que trabalham no verde ou locais que tenham árvores (à não ser de cemitérios, pois pertence a outro reino).
Líder de falange, trabalha tanto para Oxóssi como para Ossâim. Tem seu ponto de força firmado em matas fechadas ou à beira de lago circulado por verde.
Quando ele está incorporado observa tudo a sua volta, costuma falar mais do que ouve pois já observou a pessoa que irá conversar.
É muito evidente o seu extinto de caçador, mostra-se muito ágil quando incorporado lembrando jovens índios caçadores, porém ao falar nos passa a impressão de ser um velho sábio, assim como um grande Pajé.
Exu das Matas é conhecedor dos mistérios das ervas, raízes, sementes, folhas, flores e frutos.
Costuma ensinar o preparo dos banhos, chás, pós, óleos para a cura da alma e do corpo.
Exige dos seus filhos o estudo religioso, a disciplina e o respeito com o próximo, pois costuma dizer que nada adianta a entidade ter o conhecimento se o cavalo esta despreparado como ser humano e como médium para auxiliar.
Não admite traição e mentiras.

Agora, não se esqueça de pedir licença quando adentrar a Mata de Oxossi, pois ela tem um Guardão.

Laroiê, Exu das Matas! Ê Mogibá!
Eu te saúdo, Exu das Matas! Te presto reverência!


Alan Barbieri

CIGANA CRISTAL

A respeito da Cristal- sabemos que é uma grande Falange desta Cigana
a quem trato de Eliana, é uma Cigana menina, que desencarnou por conta de uma grave infecção generalizada, desde cedo.

A partir dos nove anos de idade, Cristal tinha vidências e previa o futuro, muitas vezes desastrosas das pessoas que a cercavam.

Até os vinte e dois anos de idade, viveu o tormento dessa Mediunidade, morando e vivendo em vários lugares.

Considerando seu apreço à beira mar e as àguas dos rios.

Seus Médiuns geralmente são pessoas sencinveis, medrosas e sujestionadas.

Quem carrega a Cigana Cristal, deve se preocupar em trabalhar a alta estima, pois são muito influenciada, pela opinião de quem as cercam.

Quanto ao seu Clã, Ela mesmo não se permite falar.

Daí Ela canta assim:

Foi numa noite de lua
Noite de lua cheia
Ele seduziu a mulher
E a mulher a Ele se entregou
Antes que a lua se deitasse no horizonte
Antes que o dia amanhecesse
Iniciaram a minha existência
Mas como não se amavam
Me fizeram
Sou filha da paixão
E vivo a paixão

Sem perfume vêm do mato, das ervas que seduzem.

Sua cor preferida é o rosa, suas jóias sempre prateadas ou de ouro branco, com pedras de topázio.

Amados, estou falando da Cristal, que conheço, não querendo dizer com isso, que conheço todos os Espíritos da Falange da Cigana Cristal.

PELO ESPIRITO PHILLERMON - TRANSCRITO PELO MÉDIUM ALEX DE OXÓSSI

MÉDIUM ESPONJA

  Já ouviram esses termos? O médium esponja, médium para raio! Funcionam como verdadeiros imãs! Vamos entender alguns aspectos das caract...